segunda-feira, 25 de maio de 2009

Pacífico!

O vento na linha costeira tem sido uma constante. Isto aliado ao facto de o nosso “roommate” nos ter dito que a água não é de grande qualidade aqui (sugeriu que fossemos mais para Sul), levou-nos a adiar constantemente a nossa ida à praia nos nossos 4 meses aqui em Los Angeles. Ontem, no entanto, decidimos pedalar para Sul, ao longo do trilho de bicicletas que se estende ao longo da costa.

Passámos por vários tipos de praia. As areias estavam geralmente cheias de gente. Talvez o início do Verão por aqui tenha contribuído largamente para este facto. Os churrascos não devem ser proibidos nas areias, algumas praias estavam repletas de tendas, mesas e fogareiros. O cheiro a queimado é um dos efeitos secundários mas acontece.
Outras têm carros e caravanas paradas mesmo quase no areal; não sei se eram pessoas a passar o fim-de-semana ou efectivamente vivem lá todo o ano mas, em qualquer dos casos, não será dos cenários mais desagradáveis.

Nós parámos na Manhattan Beach, depois de um percurso de quase 7 milhas (~11 km), uma praia em que as casas estão apenas a escassos metros do areal. E aí, pela primeira vez, mergulhei nas águas do Pacífico. O Pedro já tinha ido até ao Hawaii, por isso para ele não foi uma estreia, mas para mim, posso dizer que foi um óptimo início de relação! A água é mais quente que a nossa (mas mais fria que a das Caraíbas) e aparentemente tem uma agitação semelhante à do nosso Atlântico nos dias de bandeira amarela (ainda não vi nenhum dia mesmo agitado; menos, sim). O tempo pregou-nos mais uma das suas partidas; logo chegaram as nuvens, nem 5 minutos estivemos ao sol...

Fica o objectivo de para a próxima chegarmos à Hermosa Beach, segundo consta, tem um pontão mais explorado, com lojas, restaurantes e bares.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Imagens, Viagem GC - LV

Foi quase uma semana de puro turismo, por isso tínhamos mesmo muita informação por processar. Ainda que ontem à noite já tenha disponibilizado algumas fotografias, só hoje consegui terminar esta árdua tarefa.

Assim, já estão disponíveis no site do costume algumas imagens para que possam ter uma melhor ideia do que estava a falar no post anterior. O que tinha sido publicado ontem foi actualizado pelo que pode estar diferente. Devo, também, fazer duas ressalvas em relação às imagens; 1- Coloquei localização em todas as fotografias, no entanto algumas são aproximadas, ainda que a sequência das imagens esteja correcta, 2- Algumas das fotografias foram tiradas de dentro do carro em movimento na auto-estrada, pelo que a sua qualidade pode ser inferior ao desejado.
Aqui ficam os links directos:
Para quem quiser ver as nossas carinhas larocas, sugiro uma olhadela pelo filme que está em baixo.



Até à próxima!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Grand Canyon & Las Vegas

Queria uma semana especial, tive uma semana especial. Depois de muitas pesquisas e organizações, seguimos então para a nossa primeira viagem por este continente, num saltinho de um total de cerca de 1700 kms (~1060 milhas), cerca de 17h de condução, espalhados por 6 dias, de 12/05 a 17/05.
Na 3ªfeira de manha, seguindo o percurso lilás, saímos de Los Angeles para o Grand Canyon, um desfiladeiro do rio Colorado, agora uma das novas 7 maravilhas do mundo, segundo me constou. Depois de uns dias na natureza, na 6ªfeira fizemos as malas e, seguindo o percurso azul-claro, seguimos para Las Vegas, onde estava tudo programado para um fim-de-semana bem animado na cidade dos casinos dos EUA. No domingo, depois de umas compritas, voltamos para casa, o caminho azul-escuro.
O caminho foi marcado pelas altas temperaturas, o que aliás seria de esperar, dado que ambas as estradas para sair da Califórnia, quer para o Arizona (Grand Canyon) como para o Nevada (Las Vegas), circulam o deserto de Mojave.

Grand Canyon
Penso que grandioso será pouco para descrever a sensação que se tem quando se vê este desfiladeiro pela primeira vez; estende-se de Este para Oeste, ao longo de vários quilómetros, com o rio Colorado guardado bem no seu centro.
A margem sul do desfiladeiro (South Rim) está aberta todo o ano; para além de ser acessível para toda a gente, mesmo pessoas com cadeiras de rodas, tem toda uma estrutura turística montada como suporte, onde não falta alojamento, transporte gratuito, supermercado e, claro, restaurantes.
Sem licença ou equipamento para acampar, o nosso objectivo primordial de descer até ao rio foi rapidamente trocado por duas caminhadas de 6 milhas por dia (~9,6km), um propósito bem mais realista. E, na verdade, a caminhada não desaponta ninguém; ainda que possa ser muito dura, especialmente na subida, tem vistas e cheiros únicos, uma experiência marcante. Ao contrário do que acontece quando se está na margem do desfiladeiro (todo verdejante com temperaturas amenas), o interior do desfiladeiro é muito quente, chegando facilmente aos 40º centígrados. Em termos de fauna, estão presentes os vários animais típicos do deserto (cobras, lagartos, etc.) para além de outros mamíferos mais “fofinhos” que não tem problemas defender o que é seu.
Tirámos muitas fotografias e vídeos, para mais tarde recordarmos o nosso passeio mas creio que nenhum deles conseguirá transmitir a emoção do Grand Canyon.

Las Vegas
Depois de uns dias no campo rumámos para a cidade dos casinos, mesmo a tempo de apanhar o seu animado fim-de-semana! Ao contrário do que acontece em Los Angeles, aqui não há qualquer restrição em termos de álcool ou jogo (só para maiores de 21 anos, ainda assim), e por isso mesmo, a noite é bem mais concorrida.
Ainda assim, tivemos uma pequena paragem na barragem do rio Colorado (ainda a tentar chegar à água, compensar a alteração de planos no Grand Canyon), Hoover Dam, que fornece a água e energia para Las Vegas, que está localizada no meio do deserto.
Nesta cidade toda a gente se veste a rigor para sair à noite; depois de um dia na piscina ou nas compras (milhares de lojas de todos os designers estão presentes na famosa Strip), um vestido bem curtinho, saltos altos e alguma decoração são bens essenciais quando se trata de ir a um bar, casino ou discoteca, ainda que não tenha reparado em qualquer restrição caso não se abdique desta moda. A temperatura é sufocante, tanto de dia como de noite, ainda que a falta de sol a torne mais tolerável; este facto também convida a sair de casa e tomar uma bebida. Para quem quiser algo mais cosmopolita, as cidades de Paris, New York, Veneza são alguns dos exemplos, para além das famosas torre Stratosphere e pirâmide do Luxor.
O nosso alojamento no Planet Hollywood marcou sem dúvida um bom ponto de partida para explorar a cidade. Fomos jogar no Bellagio, mundialmente conhecido pelas suas fontes, mas, como sempre, não houve qualquer retorno no dinheiro que gastámos; fica a consolação da sorte no amor :D

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Tech Ed North America 2009

Às vezes as coisas não estão mesmo destinadas para acontecer. Penso que o Tech.Ed 2009 é um desses casos para mim.

Quando iria ocorrer aqui em Los Angeles fiquei entusiasmada com a ideia de ir ao evento. Este brilho saiu um pouco quando consultei os preçários; exige alguma reflexão, mesmo assim, espero aparecer por lá.

Depois veio a gripe suína e com ela os avisos na página da Microsoft para tentar fazer um frente ao pânico que o vírus começou a gerar; se calhar era melhor adiar o meu registo de modo a ter certeza que não só o evento ocorre mesmo mas também assegurar-me que o vírus não está tão disseminado que me impossibilite de ir até lá.

Domingo, ontem, tinha mesmo que decidir. OK, o vírus está controlado, vamos lá tratar da inscrição. Ups, já não dá para realizar a inscrição online, terminou sábado dia 09... Agora só on-site; eu dou um salto por lá e pago no local.

O GRANDE DIA. Acordar às 6:20 não foi muito agradável mas quando cheguei à rua, pelas 7h, verifiquei que estava em plena hora de ponta, para além de que, o sol já tinha nascido quando eu me levantei... Sim, o pessoal aqui em Los Angeles funciona mais de manha; deve ser porque a noite acaba sempre as 2 (ou mesmo um bocadinho antes para ter certeza que ninguém quebra a Lei).
Depois de 40 minutos de transportes, cheguei ao registo. Sem patrocínio, optei pela opção de acesso mais baratinha. Paguei e recebi o meu passe. Com o pequeno-almoço já na mira, a assistente explica; esse passe, hoje, só permite acesso ao recinto das 17:45 às 21h. Que azar, estava realmente lá no meio da agenda, eu simplesmente não tinha entendido! Felizmente ainda consegui cancelar o registo; tenho viagem programada, estar no centro de Los Angeles a essas horas, simplesmente não é viável...

O turismo pode ser sempre indicado como novo objectivo de uma experiencia menos feliz, não?! Eu, pelo menos, quero acreditar que sim, ainda que para isso, se calhar, tinha dormido mais uma horinha, ou duas... Ao menos tirei umas fotos por lá.


Resumo final:
Evento: Não - coloco flexibilidade para mudar de planos, como minha aprendizagem.
Pagamento: Não - bendito reembolso!
Turismo: Sim - ao menos aproveito a viagem.
Balanço: Positivo - 2ªfeira diferente para uma semana que espero que siga pelo mesmo caminho.

sábado, 9 de maio de 2009

Ciclistas!

Mais uma vez, depois de uma semana com bom tempo, o fim-de-semana revelou-se bem mais fresco e nublado. A constante ameaça de chuva estragou um pouco os nossos planos, que agora se limitaram a umas pedaladas pela Marina del Rey (começa a ser o passeio dos tristes, bem sei :D ).
Mas nem tudo é mau; a Califórnia está a sofrer com secas já há uns anos, para além de que, durante toda a semana, esteve activo um incêndio na zona de Santa Barbara que consumiu um grande número de casas espalhadas pela montanha. O forte vento e os baixos níveis de humidade estavam a impossibilitar o trabalho dos bombeiros, obrigados a evacuar a população das zonas afectadas. Agora as coisas parecem estar a melhorar neste departamento.

O roubo da bicicleta do Pedro foi um pouco desanimador; investimos algum dinheiro e em menos de 15 dias, ficamos com aquela sensação de o tínhamos simplesmente deitado fora, o que não é nada bom. No entanto, depois de algumas procuras e aproveitando agora o final das aulas com o consequente regresso de vários estudantes às suas cidades natal, encontramos finalmente uma nova bicicleta.
É em segunda mão, de 1998, claro que não é propriamente um estrondo mas tem bom aspecto e foi barata. Tirando o chiar quando se trava, está bastante bem conservada.

Depois de uma semana calma e um fim-de-semana que parece ser bem caseiro, a próxima semana promete aventura e viagens, quando saímos da Califórnia. Mas antes disso, devo dar um saltinho pelo Microsoft Tech.ed North America 2009, realizado aqui, em Los Angeles.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Golden Triangle (Beverly Hills)

Depois de um Sábado com mau tempo (temperaturas por volta dos 20ºC, muitas nuvens e algum vento), no Domingo partimos para explorar outra das zonas emblemáticas de Los Angeles, Beverly Hills.

O nosso destino, o triângulo dourado, o bairro financeiro de Beverly Hills, é reconhecido mundialmente pelas suas luxuosas lojas, restaurantes e galerias de arte. Também há grandes armazéns na Wilshire Boulevard, onde se destaca o Saks Fifth Avenue, o maior dos 4 presentes na área. Infelizmente não é possível fazer umas comprinhas acessíveis ou até mesmo uns míseros souvenirs (só se tentar recolher um saco de alguma das lojas mas, mesmo isso, é capaz de ser carote).

Por entre as várias ruas paralelas entre si destaca-se a Via Rodeo, construída em 1914, uma única rua sinuosa ladeada por algumas lojas de roupa, inúmeras ourivesarias e alguns restaurantes. A unicidade da rua é visível em dois pontos-chave:
  • Em termos arquitectónicos– A via Rodeo lembra muitas das ruas das várias capitais da Europa, embora extremamente limpa, calcetada com paralelepípedos de granito e pequenos candeeiros decorados com flores. A escadaria no final parece uma pequena replica dos famosos degraus da Piazza di Spagna, em Roma, Itália.
  • Em termos humanos– para além dos turistas com as suas máquinas fotográficas, todas as outras pessoas estão excepcionalmente bem vestidas; de facto, a maior parte das senhoras estão com vestidos de cocktail, mesmo as empregadas de servir à mesa. E ao contrário do que acontece com praticamente todo o resto de Los Angeles, aqui as ruas, para além de extremamente limpas, não tem qualquer sem-abrigo ou pedinte nas redondezas.

Muitos guias sugerem um circuito pelas casas das Estrelas, dentro de Beverly Hills. Fora do triângulo dourado por onde andámos este Domingo, na zona residencial, a Sunset Boulevard parece separar os ricos (a sul), dos muito ricos (a norte). Não é possível visitar as casas, como é óbvio, e dada a extensão do circuito, 8 km, vamos aguardar para o visitar de bicicleta, onde a sombra das frondosas árvores que ladeiam as ruas devera permitir um passeio muito agradável.