sábado, 27 de junho de 2009

Catalina Island

Embora possa não ser um dos elementos obrigatórios entre os estrangeiros que visitam a Califórnia (não tem a mesma divulgação que outros locais), a ilha apresenta, sem qualquer sombra de dúvidas, belos postais turísticos; terra de clima mediterrânico com inúmeras actividades ao ar livre, lojas, excursões e claro, comida. Esta é vital para o turismo aqui, mesmo os mais simples festivais ou feiras são sempre anunciados com comida, é vital para atrair os locais.
Com comida ou não, o que nos atraiu a Catalina foi sem dúvida o clima, o snorkeling e o ritmo de vida descansado tão anunciado. Fica a apenas 25 milhas de Los Angeles mas, partindo da Fishermans Village, demora-se cerca de 2 horas de barco para lá chegar (o normal é seguir-se de mais a sul, como Long Beach ou Dana Point, penso que será menos tempo neste caso).

O snorkeling foi uma maravilhosa experiência embora preferisse que os peixes não viessem ter comigo mas ficassem dedicados à sua vida de peixe :D. Mas claro que nem eles poderia resistir a comida gratuita e fácil, fornecida pelos turistas ávidos de os ver mais perto. Já as focas e os golfinhos são mais tímidos mas também derão o ar de sua graça, tal como em Los Angeles; aqui na Marina del Rey esteve mesmo uma baleia durante as últimas 3 semanas.
Avalon é do tamanho de uma aldeia alentejana; é muito acolhedora, junto à água e completamente cheia de carrinhos de golfe, a alternativa aos restritos carros dado tratar-se de um parque natural.
O calor, lá sim há calor, é bem convidativo a praia e uns mergulhos com agua que me parece ser uns graus mais quente que a nossa portuguesa. Infelizmente em lugar de areia as praias têm seixos; para resolver este pormenor, a ilha tem agora umas plataformas salvaguardadas das mares onde as pessoas apanham sol e poupam os pés.


Mais fotos da ilha estão claro disponíveis no site do costume.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Yosemite & San Francisco

E aqui vai o resumo da nossa viagem a São Francisco com um saltinho de apenas 4 horas em cada sentido (tudo é relativo ao tamanho da região/país) até um dos primeiros parques naturais dos EUA, Yosemite, leia-se [yoh-sem-i-tee].
Uma vez que não é preciso um carro para explorar São Francisco (palpita-me que esta é a razão pela qual alguns indicam esta cidade como uma mais europeias dos EUA), optámos por seguir viagem de avião, encontrando-nos com a nossa visitante, Leonora, no próprio aeroporto.

Dia 1: Por volta das 14h parámos o carro para as primeiras vistas deste lindíssimo parque natural, reconhecido pelas suas cascatas, mais exuberantes depois do degelo (entre Maio e Junho); o destino era o vale, para ver a Yosemite Fall de perto assim como a vila. Yosemite alberga muitos animais, alguns dos quais já descobriram as comodidades de comer junto dos humanos, como esquilos (perderam o encanto depois do Grand Canyon, estão por todo o lado…), veados (vimos meia dúzia), ursos pretos (não fomos dos felizardos), coiotes (também não deram o ar de sua graça) e, até mesmo leões da montanha (não tinha ouvido falar mas estava indicados nos procedimentos de segurança), para além de muitas aves.

Dia 2: Entrámos a sul, dirigindo-nos para a Mariposa Grove of Giant Sequoias. Estas árvores gigantes (outro símbolo do parque), com alguma resistência ao fogo, podem viver milhares de anos e, dado que a sua madeira não é de grande qualidade, escapam muitas vezes aos lanhadores e madeireiros. A sua morte frequentemente causada por um problema de engenharia; as raízes não têm dimensão suficiente para suportar o seu enorme tamanho, o que leva a sua queda. Infelizmente, o trilho que as envolve ardeu recentemente, por isso este passeio não foi tão bonito como seria de esperar.
A paragem seguinte foi no Glacier Point. Sim, ainda encontramos umas amostras de neve ao longo da estrada, apesar de estarmos já em Junho. Aqui é possível ver o vale de cima, as cascatas e os rochedos enormes que o ladeiam. Estava mau tempo (chuva/neve e muito frio), mas a vista compensa.
No regresso, mais uma cascata, Bridalveil fall, e uma praia fluvial, Cathedral Beach. Pena ter estado demasiado frio (para um mergulho) e húmido (para uma fogueira bem sucedida com os doces e vinho :D ).

Dia 3: Para terminar a estadia em beleza, optámos por uma manhã na praia; apesar de junto ao alojamento estar bastante quente, o microclima do Yosemite não estava a favor, pelo que não houve qualquer mergulho; ainda assim conseguimos ter um agradável pic-nic. Depois de mais umas fotografias, regressamos então a São Francisco.
Já na cidade, e para terminar o dia, decidimos aproveitar a visita guiada de bares baratos organizada pelo hostel onde estávamos alojados.

Dia 4: Para evitar as enchentes do fim-de-semana, escolhemos 6ª feira para ir até ao “The Rock”, a ilha de Alcatraz. Uma curtíssima viagem de barco colocou-nos na ilha e aproveitando a visita áudio (já incluída no preço da entrada), explorámos aquela que foi uma prisão de alta-segurança. Hoje, grande parte dos edifícios estão bastante danificados, a razão pela qual a prisão fechou. Se por um lado a estadia dos prisioneiros era mais dura porque conseguiam ver (e até mesmo ouvir) a cidade de São Francisco, os habitantes da cidade são diariamente confrontados com a ilha e os seus reclusos.
Aproveitando a localização, no regresso explorámos o Fishermans Wharf, com as suas lojas e restaurantes, para alem da comunidade de leões-marinhos que vive numa das docas. Por volta das 21h estava tudo a fechar mas já começa a ser normal, eles realmente vivem mais cedo que nós.

Dia 5: O dia começou com uma visita guiada pelo centro da cidade, à Chinatown (uma das maiores comunidades fora da china, apenas ultrapassada recentemente por Vancouver, se não estou em erro), North Beach (comunidade italiana) com uma das rua mais inclinadas do mundo, Coit Tower (em honra de Lilly Coit, uma mulher muito à frente do seu tempo), Telegraph Hill, Levi’s Plaza (é mesmo a marca das calças), terminando novamente na Fishermans Wharf.
Como uma colina nunca vem só, seguimos para a Ghirardelli Square, reconhecida marca de chocolate, subindo ainda mais um bocadinho até a Lombard Street, uma rua de curvas emoldurada pelo jardim de recantos. Seguimos para o bairro do Alamo, onde estão as tradicionais casinhas vitorianas, passando pelo Civic Center (as ruas desta área albergam muito sem-abrigo). Chegámos à praia, no Oceano Pacífico; aqui não há salva-vidas mas a verdade é que está muito frio para o regular banhista.

Dia 6: Não se pode vir a São Francisco e não ver a Golden Gate Bridge! Esta, ao contrário da ponte 25 de Abril, que só está aberta aos pedestres no dia da maratona de Lisboa, é possível atravessar a pé ou de bicicleta todos os dias. Nós optámos pela segunda hipótese, regressando de ferry a partir de uma pequena comunidade, Sausalito (reconhecida pelo vinho numa esplanada a beira-mar). Tal como a sua homóloga europeia, também esta ponte se farta de abanar, e não é preciso que um carro passe para que isso aconteça; basta o vento. Depois do esforço e do sol a mais que apanhámos (as nuvens enganam bem), decidimos ver o final da partida dos Lakers (são agora campeões) e descansar.

Dia 7: Apesar de ser o dia do regresso, ainda tivemos tempo para mais umas vistas sobre a cidade, numa das suas múltiplas colinas, assim como andar nos famosos Cable Cars. As primeiras paragens tem filas de espera gigantescas mas conseguimos apanhar uns espectaculares lugares de pé numas paragens mais a frente (estivemos quase a desistir deste passeio).


Não é só a ponte que une as duas cidades, Lisboa e São Francisco. Apesar da enorme diferença de idades que existe entre elas, ambas partilham a elevação, a actividade sísmica que as define e definiu em tempos, a proximidade com o mar, a gente simpática que as habita, desde os que se oferecem para nos tirar uma fotografia à paixão da nossa guia; é mesmo uma bela cidade!

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As imagens estão no sítio do costume, com os respectivos links directos:
- Yosemite
- São Francisco
Penso que a seu devido tempo serão também disponibilizadas algumas fotografias no picasa da Leonora.
O filme em baixo apresenta alguns dos momentos desta nossa viagem. As suas notas a fazer são: 1-Os "modelos" vocês devem reconhecer: 2-A banda sonora é do anuncio dos Mini Sirloin Burgers (Jack in the box) que por ser tão viciante e ao mesmo tempo tão intimamente ligada com a cultura norte americana (podem ver a foto da nossa alimentação :D ) esteve sempre presente.